Uma Rota para o Sucesso
*Marlene Monteiro de Oliveira
O mundo em que vivemos caracteriza-se pelo conflito entre as leis universais e aquelas criadas pela consciência humana, entre a abundância e a escassez, entre a energia e a matéria, entre a Essência e o corpo. Se, de um lado, o Universo nos programou, desde a concepção, para uma vida de fartura e saúde em todos os sentidos, de outro, as regras humanas, a educação voltada para a proteção do Mercado e o princípio da competição como regra geral estabeleceram as limitações sem conta, as “normas”, que entram em choque com a Verdade Universal.
Esse encontro das duas tendências opostas resulta em total desarmonia, e a consequência é visível para todos: fome, guerras, desencontros de toda sorte, levando a sociedade ao desespero de um suposto fim dos tempos, que chega a ser desejado por muitos para dar um basta a tamanho sofrimento.
Em todos os recantos do Planeta procuram-se soluções para que as coletividades tenham uma vida melhor, mais produtiva, mais solidária, mais feliz, enfim. Um consenso, porém, tem de ser admitido: os problemas do todo somente se resolverão com a melhoria das condições de vida das partes. Não se mencionam aqui tais condições apenas como meios materiais, mas sim como total realização do ser, visto que a riqueza — seja ela material, mental, moral ou espiritual — só se obtém pela aquisição da consciência das Leis Universais. Na verdade, cada um de nós vive como se fôssemos riachos que, inicialmente, foram programados pela Natureza para correr em direção a um fluxo maior de água, juntando-se a ele e encorpando-o para mais rapidamente atingir o objetivo principal: o oceano. Esses córregos, porém, encontram nas ditas “normas humanas” minúsculos mas firmes represamentos e, assim, os ribeiros acabam por se transformar em pequenos lagos estagnados. Não há fluxo, a energia universal — dinâmica por natureza — não se locomove, nada se transforma, nada se cria, nada se obtém, nada se realiza. É claro que esse processo degenerativo do indivíduo reflete-se no grupo.
A solução que resultará no banimento da guerra, da fome e da maioria das doenças psíquicas, físicas ou mentais está em fazer com que o indivíduo se regenere, isto é, que ele abandone seus desvios e retome a prática da Verdade Cósmica. Essa retomada ou religação será mais facilmente obtida pelo indivíduo e, por consequência, acabará por atingir o todo.
É aqui que entra o papel do Coaching, essa ciência pós-moderna, nascida no início deste século a partir de observações da prática esportiva. O Coach há muito deixou de ser um mero treinador de determinada modalidade do esporte. Ele é mais do que isso: é orientador, é pai, companheiro e amigo do atleta. É um motivador. E não tardou para se descobrir que esse papel de liderança não era exclusividade do esporte. Chegou-se à conclusão de que ele podia, aliás, pode melhorar o desempenho de qualquer indivíduo em todos os setores da atividade humana: surgiu, então, o Coaching das organizações, da saúde, dos negócios, da carreira, de vida, dos relacionamentos, dos estudos entre tantos outros.
Ao perguntar ao cliente o clássico “O que o impede?”, de par com outras indagações próprias do processo, o Coach estará incitando-o a sacudir-se e a romper as barreiras das emoções limitadoras, fruto do conflito em que vive, e esse cliente ficará, então, em condição de estabelecer contato com sua Verdade Interior e cumprir Seus desígnios, permitindo-se recompor a união com outros fluxos que correm para o mar. A pessoa constatará, por exemplo, a Lei da atração, pela qual se sabe que as emoções determinam inevitavelmente a repetição de fatos análogos aos que as provocaram. Ele sentirá a realidade da Lei das Hierarquias manifestada no respeito aos mais velhos, aos diretores, aos líderes e cumprida no louvor à sabedoria, à experiência e ao sacrifício dos ancestrais. Ele se auto-induzirá a reconhecer a Lei do Equilíbrio entre o dar e o receber na mesma medida, propiciando-se, assim, uma vida mais harmônica no trato com o dinheiro e outros bens espirituais, mentais, materiais, com a certeza de que não basta saber dar, mas é preciso também saber receber.
Ele, por si, buscará aprimorar-se na execução rigorosa da Lei do Pertencer, cuja incompreensão conduz à condenação e consequente exclusão da pessoa, quando o que deve ser condenado, excluído e até execrado deve ser o ato, não o indivíduo. Com isso adquirirá o conhecimento de que na Natureza tudo se soma, tudo se multiplica, tudo é inclusão. Ele encontrará, enfim, no acatamento da Lei da Aceitação, a única forma de unir energias opostas para concretizar a movimentação de todos os pequenos lagos, que voltarão a correr em afluência para os grandes rios e, destes, para o oceano cósmico. O papel do coach é liderar o cliente, incitá-lo a rever a programação a que foi submetido, a aceitá-la, a abençoá-la e a dela se desfazer reprogramando-se para uma vida plena de realizações. É o Coach que, com as ferramentas adequadas a cada caso, provocará no indivíduo a descoberta de que o Universo é regido por leis sábias, exatas, imutáveis e eternamente eficientes.
Ao Coach compete a delicada tarefa de fazer com que seu cliente decida internalizar a consciência dessa Lei Universal, levando-o a constatar que se encontra num estado perverso devido única e exclusivamente ao desencontro de seus princípios, praticas e comportamentos com as realidades cósmicas. Assim, a pessoa se localizará e, com o auxílio do Coach, conseguirá despolarizar seus caminhos, centrando-se em suas metas e rumando seguramente em direção às próprias realizações. Não será exagero, pois, concluir que a descoberta mais fantástica do século XXI é o reconhecimento de que todas as pessoas precisam de uma liderança eficiente para a caminhada eficaz em busca de seus objetivos. O Coaching se apresenta, então, como o meio por excelência de se obter esse comando firme, seguro, decidido, propiciando ao homem da atualidade a condição de atingir, em tempo recorde, as metas que se propõe.
Ao Coach cabe despertar no cliente a consciência de que vivemos num Universo que possui leis claras e irrevogáveis cuja expressão permite qualquer realização que se venha a desejar. A partir daí, ele adquire a capacidade de autoliderança e se transforma no guia dos próprios passos, o planejador, o diretor e executor da própria rota rumo a seus objetivos.
*Marlene Monteiro é Psicóloga, Psicoterapeuta, Hipnoterapeuta, Master e Trainer em PNL, Trainer na formação Coachingterapia, Coaching em Constelação Familiar e Sistêmica, nas Organizações e Business Coaching, com certificação internacional, e membro da Comunidade Mundial de Programação Neurolinguística.