Transtornos da Personalidade
a) sensibilidade EXAGERADA à contratempos e rejeições;
b) tendência a GUARDAR RANCORES persistentemente, isto é, recusam à perdoar aquilo que julgam como insultos ou desfeitas:
c) DESCONFIANÇA e tendência à interpretar erroneamente as experiências amistosas ou neutras;
d)OBSTINADO SENSO DE DIREITOS PESSOAIS em desacordo com a situação real;
e) SUSPEITAS injustificáveis em relação à fidelidade (conjugal ou de amigos);
f) AUTOVALORIZAÇÃO EXCESSIVA;
g) pressuposições quanto à CONSPIRAÇÕES
A característica essencial deste tipo de personalidade é uma tendência persistente e injustificável para interpretar as ações dos outros como se fossem deliberadamente hostis, ameaçadoras e mal intencionadas. Há, na personalidade paranóide, sempre algo de desconfiança, cisma, interpretações de esquemas de complôs. As opiniões em sentido contrário às suas interpretações não mudam seu ponto de vista, menosprezando assim o bom senso.
A personalidade paranóide já havia sido descrita por Kraepelin em 1915, é vista sendo mais comum em pessoas do sexo masculino.
As pessoas com transtorno paranóide da personalidade costumam ser reservadas, silenciosas e têm uma percepção bastante acurada do ambiente. São pessoas dotadas de boa sensibilidade em questões de hierarquia e poder, contestando sempre e apresentando dificuldade no relacionamento com autoridades. Há também grande possibilidade de serem patologicamente ciumentas. Há uma hipertrofia no ego que reflete no ORGULHO, a certeza de ter razão, o DESPREZO, desqualificação ou EXPLORAÇÃO dos outros, a RIGIDEZ e intolerância e a supervalorização de suas idéias.
Há nesse transtorno da personalidade uma alteração da cognição responsável pela pessoa ver o mundo de maneira especial, com SENSIBILIDADE EXAGERADA às contrariedades ou a tudo que possa ser interpretado como rejeição. Há uma notável tendência para distorcer os fatos, interpretando-os como se fossem hostis, traiçoeiros, desleais ou depreciativos, mesmo que sejam neutros e amistosos. Por causa desse psiquismo paranóide, tais pessoas podem se tornar AGRESSIVAS, resultando em atitudes despropositadamente hostis e violentas, comprometendo significativamente o controle dos impulsos.
Estas pessoas supervalorizam sua própria importância, consideram suas idéias as únicas corretas e seus pontos de vistas não devem ser contestados. Costumam ser insistentemente REINVIDICADORAS DE SEUS DIREITOS. As pessoas com essa forma de personalidade são sempre desconfiadas, teimosas, dissimuladas e obstinadas, tendem a viver em solidão (confundida com timidez), como se não houvesse no mundo pessoas com quem pudessem partilhar sua prodigalidade, dignidade e seus sentimentos superiores.
O sarcasmo, as críticas ácidas e amargas, a IRONIA constante são características que tornam a convivência com as pessoas paranóides muito desagradável. Além de tudo isso elas NÃO TOLERAM CRÍTICAS à sua pessoa, nem sob a forma brincadeiras, embora elas mesmas sejam mordazes nas críticas aos outros.
Não é raro que a pessoa com o transtorno paranóide da personalidade tenha uma vida conjugal cheia de competitividade em várias áreas da atividade, sabotagem e contrariedade ao eventual sucesso do outro, escassas manifestações de afeto, planejamento de estratégias que possam diminuir o outro e enaltecer sua pessoa, intransigência aos erros dos outros e exaustivas justificativas para os seus pontos de vista, acreditando serem sempre os mais corretos o que impede estas pessoas de enxergarem que precisam de tratamento a não ser em um ponto onde não suportem mais sofrerem fracassos nos relacionamentos mais íntimos
Resumidamente, embora o diagnóstico de transtorno paranóide da personalidade não necessite satisfazer todos os critérios abaixo, o quadro se caracteriza por:
a) sensibilidade exagerada a contratempos e rejeições;
b) tendência a GUARDAR RANCORES, isto é, RECUSAM A PERDOAR aquilo que julgam como insultos ou desfeitas;
c) desconfiança e tendência a interpretar erroneamente as experiências amistosas ou neutras;
d) OBSTINADO SENSO DE DIREITOS PESSOAIS em desacordo com a situação real;
e) suspeitas injustificáveis em relação à fidelidade e lealdade;
f) AUTOVALORIZAÇÃO EXCESSIVA;
g) pressuposições sobre conspirações, complôs, esquemas.