Um jovem senhor muito bom morava no campo, bastante longe da cidade.
Levava a vida criando ovelhas, vivia do que as ovelhas produziam, ele e sua família. O comércio era a base de trocas onde morava.
Um dia, chegou lá um forasteiro proponde-lhe um negócio melhor: ele lhe entregaria duas ovelhas que o forasteiro levaria para cidade, venderia por preço muito alto e dividindo o lucro com o senhor do Cmpo. Este, mesmo desconfiado concordou, entregou duas ovelhas e, após alguns dias o forasteiro voltou com o dinheiro. O senhor do campo ficou muito satisfeito e os dois resolveram repetir o negócio com dez ovelhas.
E mais, era importante o senhor do campo carregasse sempre as pedras para que não fossem roubadas. O forasteiro partiu para as vendas das ovelhas. Deixou o pesado saco de pedras com o jovem senhor que não o tirou mais das costas.
Passou-se muito, muito tempo e o forasteiro não voltava.
Após um ano, o jovem senhor, muito triste, desistiu de esperar pensando:
“Acho que perdi as ovelhas, mas vou continuar carregando este saco de pedras. Ele, quem sabe, o meu amigo não teve uma boa razão para não ter voltado até agora”.
Afinal, um ano após, soube ele que o forasteiro fugira com o dinheiro da venda das ovelhas. E, inteligentemente pensou:
“Se ele fugiu, estas pedras não valem nada, não tenho obrigação de carregá-las”.
E, ao jogar o saco de pedras no chão, sentiu-se aliviado que veio em sua mente. “Seria capaz de dar outras dez ovelhas só pra não carregar mais aquele saco de pedras nas costas”.
Quantos de vocês estão carregando saco de pedras nas costas? Explicando melhor. Quantos de vocês guardam ressentimentos de alguém: dos pais, irmãos, amigos, vizinhos ou mesmo companheiros ou companheiras?
O ressentimento acontece em represália a alguém que fez algo que nos desagradou, que não gostamos. Só que ao decidirmos carregar o saco de pedras, portanto o ressentimento está nos punindo duas vezes: primeiro, quando alguém nos prejudicou; segundo, quando, por causa disso resolvemos carregar o saco de pedras que é o ressentimento. Fica claro para nós que da segunda vez punimos a nós mesmos.
Ao guardar um ressentimento, é você quem sofre, cria para você mesmo uma carga tão pesada que acaba por prejudicar também até a eficiência do sistema imunológico do organismo. Experimente jogar fora este saco de pedras, o ressentimento. Como?
Construa mentalmente uma cena das pessoas que te causaram ressentimento. Você está de frente para essas pessoas. Perdoe a todos. Veja eles se mostrarem satisfeitos por terem sido perdoados. Repita o exercício quantas vezes for necessário até atingir o seu objetivo, você perdoar e eles se sentirem perdoados. A nova imagem será das pessoas se sentindo gratas, felizes e sorrindo pelo perdão.
Melhore bem esta nova imagem construída aí na sua mente, coloque-a bem nítida, grande, colorida e um fundo musical bem agradável. E no momento em que estiver assistindo essa imagem dentro de sua mente, experimente perceber qual a sensação que estará ocorrendo dentro de você. E agora que você experimentou exercitar sua mente com a sugestão acima, responda para você mesmo: O ressentimento beneficia você em que?
Psicóloga, Marlene Monteiro de Oliveira
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